Eu me lembro, meu pai, forte, decidido,
Ocupando toda vista e o seu vozeirão,
Infundindo confiança no nosso coração!
Depois, o vejo maduro já encanecido.
Calmo ,falando-nos de paciência e amor,
De uma forma tão suave e convincente,
Que parecia trazer ao espírito da gente,
A própria sábia voz do nosso Criador...
Vê-lo curvado pequeno, envelhecido,
Fitando assim o horizonte, aguardando.
Sereno a morte chegar!Eu comovido,
Este soneto quase não consigo terminar...
Pai! Meu amigo: digo-te aqui chorando,
Foi curto o tempo para tanto eu te amar
PedroPaulo da Gama Bentes-Brasil