Tenho medo
De acordar e não te ouvir
Tenho medo que os dias deixem de ser iguais
De me sentar numa cadeira e que ela me prenda
Só porque pensa que os meus dias são banais
O que ela não sabe, é que o repetitivo é oferenda
Ter-te no pensamento é o calor a sentir
A envolver-me, enxotar a névoa fria
É a certeza constante que os meus dias não são de fingir
E que a solidão, é metáfora vazia
Tenho medo de acordar um dia
E que a cadeira se transforme em espuma
Apenas porque nesse dia o sol fingia
Que não me via, tenho medo de virar coisa nenhuma.
Antónia Ruivo
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Era tão fácil a poesia evoluir, era deixa-la solta pelas valetas onde os cantoneiros a pudessem podar, sachar, dilacerar, sem que o poeta ficasse susceptibilizado.
Duas caras da mesma moeda:
Poetamaldito e seu apêndice ´´Zulmira´´
Julia_Soares u...