Estou no meu mundo de sonhos e de fantasia,
E nada existe para além de mim, nem um ruído,
Sou só eu e isto, simples e insignificante poesia,
Eu e palavras que me continuam a deixar perdido.
E eu tento, tanto eu tento, dar-lhes significado,
Fazer com que todas juntas formem uma verdade,
Tento eternizar tudo aquilo que foi por mim chorado,
Queria tanto transmitir apenas um pouco de felicidade,
Deixar de ser quem sou, mero ser, mero frustrado,
E morrer tendo a certeza que deixarei saudade.
Mas o vazio da noite corrói-me a esperança,
Dá-me tanto e ao mesmo tempo deixa-me sem nada,
E fico assim, perdido, esquecido, sedento de vingança,
Esperando o fim da noite, bendita madrugada.