As catorze estações da Via Crucis
representam os episódios mais tocantes
que marcaram a Vida, Paixão e Morte
de Jesus Cristo, o Cordeiro de Deus.
A tradição tem origem franciscana
e reproduz a "Via Dolorosa", ou seja,
o percurso feito por Jesus desde o tribunal
de Pilatos até o Calvário, em Jerusalém.
Esta forma de meditar sobre a Via Crucis,
se origina no século X, época das Cruzadas,
Os peregrinos a Jerusalém visitavam
os lugares sagrados da Paixão de Cristo
Desde a celebração, no século XV, a Via Crucis
vem sofrendo mudanças ao longo do tempo.
O formato em 14 estações foi fixado no século XVIII,
pelos papas Clemente XII e Bento XIV.
Os peregrinos fazem este ritual há mais de 500 anos,
percorrem, assim como Jesus, as estações que recriam
os momentos da condenação à morte, e até o sepulcro,
parando em cada estação para meditar ou rezar.
Muito mais significativo do que saber se a Via Crucis
realmente aconteceu como hoje a conhecemos,
é o de buscar compreender o inesgotável
manancial escondido por trás de seus símbolos.
AjAraújo, o poeta humanista, refletindo sobre a Via Crucis (Parte I), escrito em março de 2010.
Pintura: Sandro Botticelli (1445-1510): A paixão de Cristo.