Prisão domiciliar
Assim que a tarde desce na viela
Parece que se entristece a rotina
As moças olham a rua da janela
E na calçada brinca toda menina
Não há lugar de festa nesta noite
A solidão agora é quem predomina
E judia das donzelas como açoite
Que castiga uma presa fera felina
Não querem ficar presa em casa
Para voarem pretendiam ter asa
Para fugir da prisão dos seus pais
Mas foram ensinadas a obedecer
E, portanto, nada podem fazer
A não ser abafar seus tristes ais.
jmd//Maringá, 28.03.10
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