Diz-me, Alberto, que vais tu fazer?
Vejo-te triste, sem alma, sem querer.
Faz como Lázaro levanta-te e marcha
Com as duas mãos pega na coragem
Aquela muito alegre que sempre tens.
Deixa tudo de mau coloca-o à margem
E mostra que tu continuas como és.
Assim me falava o meu coração.
Que queres que faça? queres que escreva?
Não posso, a inspiração fugiu de mim
Não a consigo encontrar e sendo assim....!
No silêncio das palavras
As minhas mãos adormeceram
Não as consigo acordar e não sei como fazer
E se as palavras não falam não posso escrever.
Elas têm que me dizer algo de bem
Mas estão mudas e nada mais me deram
No silêncio das palavras
As minhas mãos adormeceram
A. da fonseca