A vida quão é dura,
Sem ter ternura eu só lamento,
Viver sozinho já não atura,
Meu coração em sofrimento.
Viver sozinho é um tormento,
Se meu peito a dor tortura,
Deus me livre da amargura,
Meu coração em sofrimento.
Viver assim já não agüento,
Meu âmago a dor esmaga,
Se nada me livra dessa chaga,
Meu coração em sofrimento.
Vou padecer no desalento,
Ante essa sina que não me afaga,
Viver sem ela só me estraga,
Meu coração em sofrimento.
Meu coração o seu intento,
Se hoje o vento não me acalma,
Sem ter quem eu amo o meu juramento,
É livrar-me da dor que aflige minha alma.
Rodrigo Cézar Limeira