Quando estou mais sozinho,
falo comigo, espreito a rua,
vejo passar um velho caminho,
onde vai dar, talvez à lua.
Gosto de acreditar
em tretas assim,
deixa-me descansar,
respirar um pouco em mim.
Faço o que não quero,
o querer força-me a fazer,
por vezes até desespero,
por saber que estou a viver.
Levo o sal de corpo meu,
à beira de mais um mar,
espreito o céu,
vejo-me por lá a pensar.