O Lotus do Coração
(Ano 2008, Painel em caneta de prata e cristais sobre cartolina preta, 70x50 cm)
Procurei no incerto o derradeiro momento de libertação,
Já vivi muitas vidas e é ainda nesta que mais me perco e me procuro,
Nos espaços vazios da minha Alma sou obscura razão para viver mais um dia,
De estilhaços permanentes sou feito,
De muralhas perenes de rochas sonhadas com que escuto os sons do murmúrio verdejante.
Há muito que me esqueci dos brancos tumultos, acesos, nas chamas das montanhas mais altas.
E agora, não permaneço mais obscuro.
A Luz em mim volta e não retorna.
O Amor oculto em mim volta e não retorna.
Sou Aquele. O Deus Imortal dos céus da tua Alma.
Aquele que se inebria do néctar dos céus e jamais morre.
Pode o corpo desaparecer com a terra apodrecida,
Mas jamais a Alma com ele se inebriará.
Do Lotus no coração.
Uma flor.
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