Um rio de almas, lagrimas, encanto
um brio de calma, raivas e prantos
um poco de palmas, vaias e cantos
com todo desprezo de bichos, plantas e humanos
a morte vil, vã, sem sentido
a vida veio, vai,sem se ter vivido
a doce magia do faz de conta
a amarga agonia que no mundo se encontra
o quente arrepio que da nas pontas
do meio da espinha que os dedos aponta
a grande covardia que a na coragem
de quem se escondeu na linha de miragem
a raiva do odio que acalma os nervos
o sabor do sal de todos os desejos
que se escorre no rosto de quem ainda sonha
com qualquer sonho que a realizar-se se proponha
o folego, ar, sujo e medonho
o medo faz da realidade um sonho
a vontade de tentar fica nos lençoes da cama
o medo de errar toma conta de quem ama
so assim se classifica quem nunca tentou
so assim se classifica o rio da vida que estou
perdido em meio as pedras, caindo a ribanceira do amor
eu vejo o belo ea fera do rio que destroi o oceano