Entre velhas páginas amarelas
ao cair da noite revejo anotações,
passagens e lembranças
dos velhos clássicos da literatura
Vem de um tempo de Cervantes,
Dostoievski e Victor Hugo,
presentes e imortalizados nas estantes.
Mas, o que todos têm em comum?
Em cada nova leitura um redescobrir
de personagens históricos que contracenam
com o homem contemporâneo em suas buscas
Lições, caminhos, experiências a compartilhar.
Em Don Quixote, ressurge o homem visionário
presente, quiçá adormecido, em cada um, pronto
a desbravar os modernos moinhos de vento Na sociedade contemporânea de consumo.
Em “Crime e castigo”, tormentos, medos
e conflitos, sofridos, de cada um, prontos
a explodir em violência, intolerância e ódios.
Nos lares, nas ruas, cidades e templos.
Em “Os Miseráveis”, injustiças, perseguições,
semente da revolta, estopim para as revoluções
Jean Valjean pronto a lutar pela dignidade,
liberdade, solidariedade e fraternidade.
AjAraújo, o poeta humanista, dedicado a três grandes ases da literatura mundial e a seus clássicos que transcendem no tempo (Cervantes, Dostoievski e Victor Hugo), escrito em 2009.