Quem dera ser as mãos que lavram a terra,
Separando o trigo do joio germinando a flor…
Quem dera ser o arado ao invés da guerra,
Cantado aos sete ventos canções de amor…
Quem dera ser o que caminha sem olhar para trás,
Com pena de si, vivendo de recordações…
Antes isso que supor, que as pessoas são más,
Indo na vida com transtornos e insinuações…
Quem dera ser o caminho pisado pelos pobres,
Na sua fértil demanda por dias melhores…
Quem dera ser o animal de cultos nobres,
E que fosse bem tratado pelos meus senhores…
Antes isso que aquele que fica em casa,
Contente com o que tem sem um golpe de asa…
Jorge Humberto
18/07/07