Essa chaga doída que arde no peito
é ponta de adaga entrando profunda
rasgando sorrisos, cavando lágrimas
destruindo instantes felizes
Tal intensa chama em labaredas
lambendo a meiguice enternecida
apagando lembranças mimosas
fazendo em cinzas a ternura
Se fora de outrora o tempo
do qual eu pudesse fugir
como a brisa escapa da tarde
não machucaria tanto essa chaga
Gilbamar de Oliveira Bezerra