Estou preso
Preso em um turbilhão de sentimentos
Preso em um mar de pensamentos
Acorrentado a falta de oportunidade
Junto com o peso da saudade
Em meus pés bolas de chumbo pendem
Em minhas mãos correntes de aço apertam
As pessoas que me vêem não entendem
Que o seu olhar de pena não mais me afeta
Estou preso não morto
E mesmo que não vá ser solto
Estarei em liberdade
Na loucura ou na sanidade
Mesmo que não pareça verdade
Eu caminho para um destino
Algo que é até propicio
Algo real e belo
Isso tudo é ossos do oficio
Um corrente depende de cada elo
E as correntes que me prendem
Não sabem o quão sou forte
São correntes de torturas
Mas não sentenças de morte
E mesmo que a morte fosse
Não estaria perdido
Fariam com ela um pacto
Ou melhor, far-lhe-ia um pedido.
Pediria a em casamento
E sei que seria atendido
Não é loucura ou desespero
Tampouco um medo de arrependido
Mostrarei que a vida é uma sorte
E quando menos esperassem
Lá estaria eu
Feliz, casado com a morte.