Talvez nem todas as mentiras fossem mentiras,
E as verdades poderiam ser mentiras,
E as mentiras se tornariam verdades,
E tudo o que nos foi dito de nada mais valeria.
Todas as histórias que nos foram contas,
Tinham um fundo de mentiras,
Pra nos mostrar aprendizado,
evitando que nosso coração se magoe.
O que foi escrito talvez seja uma inverdade,
Banhada pela falsidade,
Que talvez não fosse uma falsidade tão falsa,
Talvez fossem as gotas da chuva de vaidade.
E o mundo que foi criado,
Pode ser que não seja real,
E o irreal deixa de ser irreal,
Tornando nossos pensamentos, nossos inimigos mortais.
Os olhos vêem além do que existe,
Enxergam o invisível,
Transformando nosso mundo em uma gaiola plausível,
E as correntes cada vez mais apertadas.
Se mesmo mentido,
Acabo falando a verdade,
Falando a verdade,
Às vezes acabo mentindo.
Pra não ferir aqueles que amamos,
Projetamos coisas inexistentes,
Mas ao deitarmos nosso subconsciente,
Deságua no mar da consciência.
Quando o certo se torna errado,
E o errado se torna certo,
Ficando tudo embaralhado,
Qual será o verdadeiro errado ou certo.
Se verdadeiramente somos quem somos,
Fingimos ser quem não somos,
Fugindo de nós mesmos,
E lá não nos encontramos.
Tatiane Nunes Freire