Parte III - O desejo de SABER, CONHECER!
Mediante as leituras, os seminários, a psicoterapia etc., a pessoa começa a nomear, o que até agora, parecia inominável.
Vai assim conhecendo, gradativamente, certos conceitos que explicam o mistério do ser humano.
Deste modo, se vai abrindo caminho em tua própria história e o que se mostrava como alheio a ela mesma vai tomando, cada vez, sentido.
No início da grande aventura do auto conhecimento são mais as perguntas do que as respostas. E quando estas respostas vão aparecendo nos vão brindando os recursos para tomar as decisões.
Ao ir conhecendo sobre si mesmo, podes escrever seu próprio texto e ir deixando de viver em função de um texto primitivo que os outros tenham escrito para ti.
Com o conhecimento, a percepção das coisas se amplia. Nos vamos dando conta de que esse homem ou essa mulher que se levanta, se banha, se alimenta, viaja em coletivo, agüenta um chefe durante oito horas, regressa para casa etc., pouco tem a ver com os próprios e autênticos desejos.
Talvez, não possamos definir aquilo que nos passa, porem vamos percebendo que não nos gosta.
Alguns se conformam e, ao chegar em casa põem um vídeo ou se tomam um cálice de vinho e tudo está bem. Outros exteriorizam uma queixa destemperada criando um clima emocional tóxico que envolve aos demais familiares.
Muitas vezes o corpo, mais sábio que a mente, se faz ouvir. Aparecem os sintomas físicos como uma voz que clama no deserto.
Em certas ocasiões, este grito é tão intenso que existe mais remédio do que consultar a um profissional.
Se o susto ou a preocupação é suficientemente forte, a pessoa pode fazer uma virada em sua vida e dizer-se: "basta de estupidez", quero saber aquilo que está se passando comigo, estou decidido a fazer algo por mim.
AjAraújo, o poeta humanista, texto "Conhecer o que se passa comigo" - Ser Feliz... parte III, de apoio na terapia de dependência química ao tabaco, 2003.