Nostalgia,
Vazio que me arrasta para lado nenhum,
E para todo o lado,
Numa procura incessante de nem sei o quê,
Nem porquê
Onde andas felicidade que tanto anseio?
Onde foste alegria?
Porquê tanto receio?
Onde andam os dias de despreocupação,
A doçura do beijo tão ansiado,
Na certeza do amor compartilhado?
No momento de amar,
A cumplicidade de um olhar,
A ternura de um toque de mãos,
Vai-te tristeza, que de mim te apoderaste
E meu coração encarceraste,
Neste vazio que me corrói a alma
E me empurra na direcção de nada,
Sempre em constante busca
Do que mesmo sem ser... é inatingível
Fátima Rodrigues
«Escrevo para desabafar, sonhar ou me encontrar»