Havia uma nascente...
clara, cristalina, transparente.
Fluía lentamente, em crescente
em ritmo de primavera,
Eram lágrimas
pela montanha vertidas
Que se lançavam
na calmaria das lagoas.
Escorriam dos verdes prados
No sereno das manhãs, garoas.
Brotavam nos olhos sinceros
Gente que orava, junto aos círios.
Irradiavam a luz nos musgos
Na serenidade dos lagos
Desciam feito gotas de chuva
No para-brisa, na janela...
No sangue que percorre
artéria e veia, capilares,
Água que verte a vida,
és a própria essência.
AjAraújo, o poeta humanista, escrito em fevereiro de 2007.