E glacial, o rio como que esmorecia...
E perpassava o vento, tão gélidas mãos!
A neve fina, em finos flocos caía!
E imergia a floresta no palor da solidão...
Mortas!...As folhas das árvores surgiam,
Uma a uma, desfolhadas pelo chão!
Alquebrados galhos, em cruz, pendiam,
Na modorra de tamanha lassidão...
Ciciava o vento, entre árvores tão imensas!
E ciciava magoadas lembranças!
Nas saudades que me eram tão intensas!
E em tudo!...O tempo na floresta era vago!
Tão vago na cor das desesperanças!
Que me punha na boca um gosto amargo!
(® tanatus - 11/03/2010)