Não posso me esconder
Atrás do manto rumo
Ao anti-social
Nem suspenso
Nos jardins
Crucificados
Sangrando aos brados
Sem minha autonomia
Idiota e ecepisional
Nos meus olhos
Como um átomo
Sou um grão
Na minha vida
Cada gesto
Em sua tendência
Da à palavra o seu sermão
Sou o mesclado
De tudo de nada
De água derramada
De uma ressaca
De copo cheio
De uma variável
De uma vida vazia
Tudo posso desejar
Aqui não é o paraíso
É o mundo dos idiotas
De mais ninguém
O mundo idiota de todos
Se eu morrer sem acordar
Preciso nascer assim
Coberto pelo calor
Debaixo dágua
Idiota como um feto feliz
Feito de idéias
Que eu nunca quiz
Do mundo perfeito
Aprendendo tudo direitinho
Da boca pra dentro
Sobraria um bucado pra mim
Da boca pra fora a certeza
Seria um ato inquestionável
De como depósitei
Minha velha infância
De novos estilos
Velhos amigos
Com as mesmas teorias idiotas
Que o mundo é uma revolta
Uma caganeira de verdades
Onde me levanto todos os dias
Para me limpar do meu próprio
Mundo idiota.