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Chimarrão e festanças

 
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Chimarrão e festanças

Sempre grudado em seu posto
Tomando com muito gosto
O seu chimarrão, o missioneiro
Esta antiga infusão amarga
Que do sul, ela se propaga
Para o nosso torrão inteiro

Sempre a mesma liturgia
Com amigos e cantoria
Do nosso sertão gauchesco
Aqui quem não toma o mate
Alguém com ele se debate
E logo o chama de fresco

Vai até o clarear do dia
Com gritos e muita alegria
Com sanfona e violão
Faz-se uma grande festança
E todos entram na dança
Alegrando o coração

Até que existir a viola
E alguém que nos consola
Muita canha e chimarrão
Mulher para se dançar
Nunca nada vai faltar
Em nosso imenso rincão

O dia que o Patrão do céu
Cobrir-nos com o seu véu
Tudo então vai terminar
Mas até que isto aconteça
Ninguém esquenta a cabeça
E continuam a festejar.

(Repente em homenagem ao gaúcho)

jmd/Maringá, 15.03.10


verde

 
Autor
João Marino Delize
 
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