Sonetos : 

MEMÓRIAS ALAGADAS

 
Eram tantos os rios que aqui passavam!
Havia barquinhos feitos de jornal,
Manhã ensolarada em dia de Natal,
Águas correntes que muito rimavam.

Os rios atualmente vazios – Oh, que pena!
Já encheram os rios dos meus sentimentos.
Meu coração tão cheio de juramentos,
Cantigas solenes de uma tarde amena.

Secos os rios, eu ainda sentimental;
Leitos vazios, eu toda inundação.
Andante sem rumo, incontinental.

Eram tantos os flúmenes e eu, pouca.
Meu canto murmurante de emoção,
A vida seguindo e minha voz rouca.

(Luciene Lima Prado)

 
Autor
Lucienelp
Autor
 
Texto
Data
Leituras
1134
Favoritos
1
Licença
Esta obra está protegida pela licença Creative Commons
10 pontos
2
0
1
Os comentários são de propriedade de seus respectivos autores. Não somos responsáveis pelo seu conteúdo.

Enviado por Tópico
arfemo
Publicado: 20/03/2010 00:43  Atualizado: 20/03/2010 00:43
Colaborador
Usuário desde: 19/04/2009
Localidade:
Mensagens: 4812
 Re: MEMÓRIAS ALAGADAS
os rios correm ao contrário, diz uma canção, e eu acredito que vida invade as margens, mas não alaga...belo poema!

bj
arfemo

Enviado por Tópico
jessébarbosadeolivei
Publicado: 20/03/2010 14:57  Atualizado: 20/03/2010 14:57
Da casa!
Usuário desde: 14/09/2008
Localidade: SALVADOR, Bahia ---- BRASIL
Mensagens: 368
 Re: MEMÓRIAS ALAGADAS
RIOS DESNUTRIDOS EMBORA ESTE POEMA SEJA UM
MANANCIAL DE SENTIMENTOS. PRAZER, CONTERRÂNEA!