E o coração aperta se de ti me lembro…
mas se de ti sempre me lembro coração
sofre a dor da ausência, as flores que tu
esparges por onde quer que caminhes.
Vejo-te chegar ao longe conheço-te o
cheiro e vinda em minha direcção
acenas-me na lonjura um adeus terno
e simples, sorriso lindo no rosto rosado.
E quando por fim o abraço esperado se
dá, nossos corações batem a descompasso
na ansiedade da espera muda que se faz
presente sempre que o apelo é grande.
E logo um beijo se solta e vai pelo ar
junto com as andorinhas que passeiam
pelo teu cabelo, trazendo-nos a cidade
a nossos pés, conforme caminhamos.
Tuas mãos lisas poisam nas minhas e um
carinho após outro carinho rimos a bom rir
de nossas brincadeiras de namorados
que vivem encantados um pelo outro.
E assim subimos a rua até chegar a casa
onde nos espera a ventura e o amor
e o silêncio dá vez à gargalhada e ao
bem-querer que entra porta adentro.
Jorge Humberto
13/03/10