Vejo cegonhas a regressar
Verdades a serem descobertas
Amores-perfeitos a serem cultivados
E aorta não sentiu nem vejo nesse espelho quebrado.
Vejo um mar de mistério enrolado em suaves sedas
Oiço o que o silêncio quis não divulgar aos ventos
E nem ao espelho me consigo encontrar
Para descobrir o ritmo que me enquadra.
Os fumos de incenso em praias desertas
As canas das marés de ilhas distantes
E dizer o que sentiu
Nem ao espelho consigo vê-lo.
Estou cego por não ver o que quis o sempre sentir
Estou perdido em selvas de solidão sem meios de ser encontrado
Estou à deriva no mundo sem mares por navegar.
Sinto-me esquecido
Sinto-me perdido
Sinto-me que preciso de um Oráculo
Para guiar
O que ao espelho não consigo senti-lo.
Por onde andas tu?
Por onde anda esse Oráculo de Delfos
Para me dar esperança da caixa de Pandora.
Por que avenida
Anda o quebrado sem-abrigo
À espera de ser esquecido para voltar a ser encontrado.
Não sei! Não sei…
P de BATISTA