No fundo, e após algumas introspecções e extrospecções conseguimos obter um traço que define a natureza do ser humano em relação a este sentimento, sentimento este pelo qual o ser Humano é cego por poder possui-lo infinitamente. Cego, e ávido por reinar sobre os outros.
No “Amor” e não se vendo muitas vezes o mesmo se passa. O desejo de cada um é dominar e possuir o outro não de formal carnal, mas como seu dono. Olhando bem ironicamente, falamos de “Amor” um sentimento à partida que é bastante definido e apontado como puro, doce e singelo, será que o é?
Quantos de nós é que já não sofremos por algo com o tal nome de “Amor”. Considerado por mim um dos sentimentos mais ilusório e mais falso de todos. É um sentimento que nos consome, que muitas vezes obriga a dar mais do que temos. É talvez a perdição de muitas pessoas, quantas já não cometeram crimes em seu nome. É um sentimento pelo qual devemos estar protegidos. “Fere mais um desgosto de amor, que uma seta no coração”. Muitas vezes o que acontece é a criação de ilusão no coração de outro. Este acto é puro egoísmo de quem o pratica. Não devemos brincar com sentimentos, sentimentos estes que estão incluídos no nosso processo sensorial. Uma vez afectado este processo desencadeia um desequilíbrio na mente da presa. Como vista esta brincadeira do tal “Amor” é algo com que não deveríamos brincar, nem remexer, não há desculpa ou explicação para quem usufrui deste cálice dos Deuses. Estas referências a “Amor” anteriormente ditas não são de verdade “Amor”, esta palavra é forte demais para a migalha que muitos dizem sentir. A palavra mais correcta seria “afinidade” ou “complementaridade parcial”.
Crítica ao amor
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