Estava quieto, contemplativo, vagava a imaginação.
Eu tentei escrever, mas cadê a inspiração?
Barulhos me cercavam, buzinas, vozes, auto-falantes...
Minha mente estava entrando em erupção.
Como os animais, ergui a cabeça em suspense,
Foi assim que ouvi, gratificante, o som do silêncio.
Vi os céus, as estrelas e o som que deles irradia.
Qual orquestra harmoniosa, por mais que tente,
Poderá se comparar a essa eterna sinfonia?
O movimento sincronizado da batuta produz o vento,
O mar canta radiante, as árvores dançam contentes
Aos gritos e berros nada se ouve, nem o distante!
Sensibilidade para ouvir e ver é ímpar aos poetas,
Pois sabem conciliar razão com emoção, em suas mentes.
O silêncio é a essência da razão dos que discertam.
O que somos e passamos adiante, veio desses militantes,
Homens e mulheres sensíveis que ouvem, o som do silêncio.
- Dedicado aos poetas, escritores e compositores. -