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Madrugada do Tejo

 
Estou à beira do Tejo
nesta madrugada sem fim
mas não sei se me vejo
ou se estou perto de mim.

As águas quebram o silêncio
e as luzes a escuridão
vejo olhares afogados
e gentes sem coração

As estrelas não brilham
o céu não as quer
porém as almas trilham
um caminho sem saber.

E lá vai um barco
que atravessa o rio
leva de uma ponta à outra
este meu corpo tão frio.


RICARDO LOURO


Ricardo Maria Louro

 
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Ricky
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Enviado por Tópico
arfemo
Publicado: 10/03/2010 23:46  Atualizado: 10/03/2010 23:46
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 Re: Madrugada do Tejo
as travessias de madrugada são frias (por vezes sombrias) como se depreende deste poema límpido...

abraço
arfemo