Sou eu quem diz coisas estranhas
Enquanto meu corpo o tempo estranha
E minha alma tímida acanha
Com medo de mostrar-se ao mundo
Entra em pânico por um segundo
Até recobra total sentido
Em que por um voraz momento altivo
Meu peito submerge se de lagrimas
Fechado em portas de vidro
Um sentimento rápido e nu
Sem direção leste ou oeste
Norte ou sul
Não sabe se voa ou se nada
Simplesmente não sabe nada
E eu junto a ele também não sei
Apenas faço o que me pedem
Submeto-me aos caprichos da lei
Enquanto minha dor emerge
Eu em mim mesmo afundo
Buscando o mais fundo e profundo
Invadindo o meu próprio mundo
Encontro quem eu temia
Aqui jaz quem sofria
E eu nem mesmo sabia
Agora que eu tomei parte
Subjugo que toda arte
É culpada de meu sofrimento
Por que em cada momento
Se choro ou se apenas soluço
Meu corpo num espasmo avulso
Revela-me o que desejo
Apenas deitar-me em teu colo
E ouvir o sussurrar de teus lábios
Dizer-me um verso profano
Tua boca colada em meu ouvido
Ouvir-te dizer eu te amo
Wilckson Ewil (Blackhearth)
21/12/2008