O primeiro gole arranha
O segundo gole assanha
O terceiro aquece
O quarto endoidece
O quinto entristece
Já o sexto enobrece
O sétimo é proibido
Ao oitavo é o alarido
O nono é divino
Ao décimo canta-se o hino
O hino da ebriedade
O hino da loucura
Arrebata-se a formosura
Evocamos a saudade
Questionamos os princípios
Evocamos a paixão
Damos os abraços ímpios
Nutrimo-nos de tesão
É assim o suco, da loucura
A água, que é ardente
Torna o clérigo, um descrente
Torna a casta, uma impura
João Pimentel Ferreira
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Domine, scribens me libero
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Escrito à mão numa ébria noite pelo bairro com a minha musa Nádia