Pinto a poesia da vida.
Dos sonhos dos homens
Faço uma aguarela de esperança.
Nos traços desenhados na tela
Um caminho.
Da mistura das cores
O cheiro lúcido das flores silvestres
Quando a luz em tons suaves
Acende pelos descampados
A fosforescência
Do quadro.
Em cima
Um relâmpago protesto
Cruza os braços dos cometas
E a seiva derramada
É oxigénio.
Ouço então o canto dos pássaros
Que esvoaçam na minha imaginação
Colorindo o ritmo
E a realidade abstracta
Da minha pintura moderna.
- São assim alguns homens...!
Para o Luso Poemas
António Casado