Mulher todos os Dias

...
olá

em que os homens são filhos
nascem e morrem no seu peito

O
vento serve às palavras
porque o
Vestes


Beijo

"nem senhora,nem serva,apenas companheira."aí está algo que tem sido difícil concretizar e que faz todo o sentido.
quanto ao resto... o poema é magnífico.uma viagem pelo história do imaginário colectivo,onde a magia,às vezes negra,impera.daí resultou muitas vezes tanto a sublimação como a condenação.as mulheres sempre foram,na minha opinião, de certa forma temidas.ora adoradas,ora odiadas,nunca compreendidas ou encaradas com naturalidade.e isto implica uma mentalidade,uma visão,partilhada tanto por mulheres como por homens.

abraço,maria.um excelente poema.
alex

Dizem que o tempo passa, eu mesmo acredito cada vez mais nesses dizeres que o espelho vai confirmando.

Mas será que este tempo que meus olhos tantas vezes negam em aceitar não é o mesmo que eterniza os maus tratos à fecundação?

Este tempo para estas mulheres nunca acaba, não passa, deve ser muito mais que eterno.

Levantar o corpo sem levantar a cabeça, mergulhar na escuridão do chão, sofrer pelo fruto germinado em noites de abuso, não do corpo, esse já não lhe pertence.

Oh meus Deus, que raio de relógio terão estas mulheres? não é o meu felizmente, mas é o do meu vizinho. E eu para aqui calado ajudando a dar corda a um tempo que já deveria ter acabado.

Beijo Maria João

aquela que na fogueira
é rainha, amante
bárbara, amaldiçoada
curandeira, escrava
em que os homens são filhos
nascem e morrem no seu peito



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H.C.

É por causa desta capacidade de amar.de se dar,de se transformar ,de se ultrapassar todos os dias,de ser criadora de vida ,de ter a capacidade subrenatural de curar as feridas do corpo e da alma dos outros que as mulheres são muitas vezes perseguidas e incompreendidas,e isto tem acontecido ao longo de seculos na nossa historia da humanidade.
As religiões tem dificuldade em aceitar este poder feminino e por isso são condenadas 'a fogueira do desprezo,das humilhações.
Felizmente que já vemos muitos espiritos abertos que comprendem este poder sobrenatural feminino.mas ainda existe por este mundo fora muita descreminação.

Gostei muito deste teu poema.

Beijo

e que não te canses de o ser
mulher
todos os dias
no acridoce da vida que partilhas
sem senhores
nem servos
digo eu
que vivo nesta parte do mundo
entre iguais
(nem sempre)

se não posso (e não sei)
oferecer-te flores
te ofereço um beijo
José Brás

...gostei também muito do que no latim se inscreve... porque o poema é substancial e belo, na sua limpidez, no som e no sentido (P.V.)...

beijo