Atiro o pião ao chão e rodopia, rodopia e ainda na mão ele faz magia...
Parece o mundo a girar o pião, mas o mundo gira, gira sem parar, e o pião acaba por se quedar até que de novo alguém o lança e ele gira e dança...
Pois o mundo não pára e não é brincadeira, mas esta beleza rara e o aroma da roseira e o infinito azul dão-nos ânimo e coragem para seguir viagem rumo até ao sul ou até onde seja, e seja aonde for que a gente esteja com tanto amor mui feliz se veja e bem se reveja, e se houver dúvida num mar de cerveja ela bem se apaga e depois se solta o grito lá da fraga...
E o universo fecundo nos trás num segundo a paz muito audaz num sortido cabaz onde a alegria impera ao lado da exuberante e magnifíca primavera que nos dá a cantante ave tão colorida que voa mui aguerrida!
E o pião na minha mão a girar, a girar e eu a sonhar, a sonhar...