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O Segredo da Máscara Branca

 
O Segredo da Máscara Branca
 
Nos finais do século XVIII, uma das colectividades mais antigas de Veneza, decidiu dar um baile de máscaras em homenagem ao seu fundador. Muito conhecido por toda a gente, o famoso Salão Nobre, foi pouco para receber tanta gente. Ninguém quis faltar á cerimónia Carnavalesca.

A burguesia,vestiu-se a rigor e não faltaram com os fatos mais caros e surpreendentes, fazendo os gostos de toda a gente. Os fatos e as máscaras, eram realmente muito bonitos e vistosos.Na sala, todos olhavam com grande admiração, para uma personagem bem vestida, com trajes de Conde e que se distinguia pela beleza da sua máscara branca.

Da forma como dançava, dava para ver,que tivera tido aulas de dança e que se tratava de um homem com elegancia.Praticamente quase todas as senhoras,tinham os olhos postos no Conde.O Conde parecia já ter uma certa atracção, por uma mascarada vestida com trajes de Condensa, que ao contrário dele, tinha a cara descoberta.

Todos observavam o casal feliz e comentavam,que estavam bem um para o outro.Não se largavam por nada.Quando foi anunciada a ultima valsa,surpreendentemente, o Conde escapou-se e não mais foi visto em toda a sala. A Condensa quando deu pela sua falta, ficou de rastos.

Apaixonou-se por aquela pessoa e esperava no final do baile,vir a conhecer a sua verdadeira identidade. Despedaçada abandonou a sala e tentou seguir o seu rasto.

Atravessou a rua, mas não viu ninguém com igual vestimenta.Abalada pelo sucedido, decidiu fazer o seu caminho até casa.Passou pelo Asilo da cidade e reparou que também ali estava a decorrer um baile Carnavalesco.Decidiu então parar para observar os mascarados.

Foi então que uma das mascaras, lhe despertou a sua atenção. Havia um máscarado que tinha os mesmos trajes do Conde.Decidiu aproximar-se mais para ver melhor a pessoa.

Não lhe restaram dúvidas.Era mesmo o Conde!

Mas porque razão, estaria ali, rodeado por todas aquelas pessoas, quando poderia estar no Salão Nobre, fazendo-lhe companhia?
Decidiu entrar no Asilo,para falar com a criatura.O porteiro vendo-a de trajes mas sem máscara,deixou-a entrar.

Apressadamente foi ao local onde vira o homem dançar, mas este, já não se encontrava no sitio.

Mas porque teria abandonado aquele local desta vez? Estava convicta, que o mascarado não a tivera visto entrar na sala.Bastante atrapalhada, perguntou ao grupo dos idosos que ali se encontravam,se conheciam o Conde que ali estivera com eles,mas a resposta foi disparatada e em nada a esclareceu:

- A senhora Condensa deve ter feito confusão! Respondeu um deles, parecendo estar pouco lúcido e nada seguro das suas palavras. Não ficou convencida e pensou que lhe estavam a esconder qualquer coisa. Abandonou a sala e foi para a rua. Podia ser que o Conde da máscara branca,por ali estivesse.

O relógio centenário do Asilo, deu as onze badaladas.Já era muito tarde.
Um guarda-nocturno, surgiu de momento na rua e aconselhou as pessoas a abandonarem as ruas, para regressarem às suas casas.

A condensa,sentia-se cansada.Tivera uma noite bastante atribulada.Um grupo de mulheres que conhecera no Salão Nobre,passou por ela,parecendo tomarem o seu caminho de regresso a casa.Decidiu também ela,ir para casa e optou por seguir as mulheres á distância.Passou por uma das pontes, que passam por cima dos canais de Veneza.

Reparou que numa parede bem iluminada,encontrava-se um cartaz pintado, com a figura de um presumível criminoso,que era á muito, procurado pela polícia de Veneza. Estava nervosa e com medo.Nunca tivera visto antes, aquele cartaz exposto. Alargou o passo e continuou o seu caminho.

Num dos cantos da sua rua, viu que alguém deixara o que lhe pareceu ser, roupa abandonada. Talvez alguém perdeu o seu casaco quando por ali passou, pensou ela. Foi então que o seu coração gelou!

Uma máscara branca igualzinha ao do seu apaixonado Conde, estava junta com a roupa que supostamente alguém abandonara. Um dos guardas-nocturnos que por ali fazia ronda, apercebendo-se da descoberta da Condensa, aproximou-se para ver o que esta descobrira no chão. O guarda sabia bem as razões e os motivos, porque aquelas roupas ali tinham ficado abandonadas.

Foi então que a Condensa soube, que a pessoa que por quem se apaixonara algumas horas atrás, era um famoso criminoso, que á muito era procurado pela polícia. Tinha a alcunha do Conde.As suas vítimas, disseram á policia,que se apresentava sempre mascarado de Conde, para depois ganhar a confiança das pessoas, que seriam mais tarde as suas vítimas. Já tinha realizado inúmeros assaltos.

A policia á muito que o procura, mas sem que tenha tido qualquer sucesso. Por essa razão, decidiu emitir um cartaz por toda a cidade na expectativa de alguém dar pormenores sobre a sua identificação e localização. O rosto do homem que aparece no cartaz, é um esboço fiel de quem por sorte, viu numa noite,o seu verdadeiro rosto.

GABRIEL REIS


 
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reisgabriel
 
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