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dizem dela que foi caça a violar o mundo com uma varinha de condão, dizem que a ergueu às nuvens e bradou ao vento um tufão e dizem que o vento veio em força acodir-lhe e logo se levantou uma tempestade, ensonada a abrir a boca e a soprar, a soprar vales e montanhas, rios e mares, árvores e arbustos, pedras e rochedos, casas e prédios. dizem que não contente bradou ao mar um tsunami e este logo gerou a mais forte onda alguma vez vista, que esta comeu a costa, os turistas, as rulotes, os quiosques, as arcas dos gelados, os silicones e as toalhas. e dizem, ainda, que ela se deitou depois por terra e fez do chão o céu e tudo ficou ao contrário, e dizem que era mais bonito, que fazia tudo mais sentido, que se seguravam melhor os copos nas pernas das mesas e que na raiz das árvores era mais fácil pendurar baloiços. e o avesso do mundo serviu perfeitamente aos homens. e dizem que ela riu alto, riu forte, riu tudo e morreu a rir.