Hoje adormeço
nos braços do fado
no olhar duma gaivota
com os sentimentos que trago.
Sei que não esqueço
a minha falta de sorte
só a vida não largo
até ao dia da morte.
O fado é meu forte
palavras que me cantam
poema de morte
na boca dos que amam.
Ser do fado
é ser do mundo
viver num poema sonhado
onde eu sou um vagabundo.
RICARDO LOURO
(Escrito depois de uma madrugada em que vadiei com o fado)
Ricardo Maria Louro