Nunca rias da desgraça,
Nem gozes com a miséria.
Porque a vida perde a graça,
Ás vezes, por ser tão séria.
O que não falta no mundo,
São situações de aflição.
São muitos a cair no fundo,
Embora peçam perdão.
Há quem diga com fervor,
Que somos todos irmãos.
Mas depois, falta o amor,
Pois nem todos são cristãos.
Há problemas de étnia,
E também há o racismo.
Falam em democracia,
Mas o que temos é fascismo.
Misérias e frustrações,
Estão na ordem do dia.
Vivem-se agora ilusões,
De quem queria e não podia.
Um delator é traidor.
A traição está na língua.
O pobre é o sofredor,
Por estar a morrer á míngua.
Há muita miséria no mundo.
E a fome vai alastrar.
E é neste buraco sem fundo,
Que nos vamos arrastar.
Todos nós somos culpados,
Do que está a acontecer.
Uns, por serem acanhados,
Outros, porque não querem saber.
Os que vivem preocupados,
Com este mal que prevalece,
São meros casos isolados,
E não mudam o que acontece.
Eu tento mudar o mundo,
E a sua maneira de pensar.
Por já ter estado no fundo,
Eu já sei o que é penar.
São frustrações e anseios,
Estes que trago comigo.
Eu luto com todos os meios,
Mas sózinho, nada consigo.
O que fica aqui descrito,
É a pura da verdade.
Mais valia não ter escrito,
Tão dura realidade.
zeninumi 18/7/2007
zeninumi.