. façam de conta que eu não estive cá .
quase sempre não sei o que fazer quando o teu nome vem à tona, e o teu nome vem tantas vezes à tona, nas mesas, no bar, no rosto dos homens, nas escadas, no balcão, no corpo, no vidro partido, no lábio,na boca, ferida. quase sempre não sei o que fazer quando o teu nome vem à tona, e há tantas coisas para fazer quando o teu nome vem à tona, gritar, esperar, desapertar os braços, libertar a língua, soltar a cabeça, deixar o coração, partir, o copo contra o lábio. quase sempre não sei o que fazer quando o teu nome vem à tona. quando o teu nome vem à tona eu esperneio, eu esbracejo, eu sacudo o corpo até me cair o coração ao chão, depois pego nele e transformo-o em voz, depois chamo por ti. e tu. não vens. não vens.
tu não vens.