Pensei que tinha lido tudo
Tudo o que se podia ler
Mas ainda faltavam mentiras
As que tinhas para me dizer
Acusações sem sentido algum
Dores que magoam o olhar
Não foste digna de nenhum
nem mesmo de me ouvir respirar
Não sabia que doia tanto
Pensar em ti e no que achavas de mim
Triste mágoa, doce de espanto
Caí no teu poço sem fim
A esfera de dor, prateada
Vem cedo de porta em porta
Bateu na minha de madrugada
Deixou minha pessoa morta
morta sorrindo, não sentindo a dor
perdoando, avançando, tudo por amor
Nem eu bem sei descrever
A frescura que sinto em mim
A palidez, vastidão sem fim
A tristeza que me faz morrer
Mas porquê pôr-me lá desse jeito?
Achar que eu não sofreria...
Sem saber, apunhalaste o meu peito
Assassinaste minha poesia
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