O leão rugiu novamente,
Como senhor da savana tórrida.
E todos ouviram seu rugido...
Mesmo os mais distantes.
Parece-lhe ser eterno e insubstituível.
Não sabe ainda que vagará solitário
E quase imperceptível no fim dos seus dias.
Enquanto ruge soberano, os outros bichos
Caçam e cuidam da sobrevivência.
E é justamente nessa aparente pequenez,
Nesse comezinho cotidiano pela sobrevivência
Que se tornam tão importantes
Quanto àquele que ostenta dourada juba
E cujo rugido ecoa pela floresta
Como fosse a voz da verdade.
Frederico Salvo