Das névoas que carrego no meu peito
A velha poesia em romantismo
O amor que se tornando um cataclismo
Quem dera sempre fosse deste jeito,
Sonhando co’a ternura que pleiteio,
Jamais eu poderia ter nas mãos
Momentos que decerto sendo vãos
Provocam tão somente este receio
E assim a moça outrora imaginara
Uma mulher feliz e mais contente
Por mais que a realidade violente
E a fruta da esperança seja amara
Menina adormecida e mesmo aflita
Nos sonhos mais audazes ressuscita.
De Praia para o mundo lusófono
VALMAR LOUMANN