Ainda não parei de lhe sentir,
A minha pele arde, e ainda sente dor...
Marcado pelo desejo, e podendo exibir,
Suas marcas, quando tudo era amor...
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Eu sei que você também não me esquece,
E sei adentro os teus sonhos madrigais!
Como uma chaga que não entorpece,
Mas que você, sempre procura mais!
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Pois a maior testemunha de quem ama,
É a lagrima que sem querer é derramada!
Fazendo de uma pequena tolice um drama,
Prolongando a sua dor pela madrugada...
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Pois a ferida do amor, é a mal curada,
Ficando exposta numa cicatriz dolorida...
E por ela você calou, não dizendo nada!
Mas ali percebi que fiz parte de sua vida...
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Então eu te confesso, sou um homem triste,
Pois dentro de mim há um sentimento de revolta!
Que não vai embora, me engana e insiste,
E te querer novamente de volta...
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Essa é a minha agonia, talvez a sua também!
Ao cruzar por caminho que eram nossos...
E ali esperar por alguém que não vem,
E tentar superar isso, eu sei que não posso!
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Meu coração é cego, e ama unicamente,
A mente é que não perdoa, e retalha...
Castigando a alma, porque se faz presente,
Ao dizer que amar demais às vezes atrapalha!
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Talvez nós tenhamos merecido, ou não?
E quem dirá? Se amar e errar não é direito!
Mas cabe a mim, como que por frustração,
Saber conviver sem a sua paz em meu leito...