Se for por medo de amar,
Que eu morra, pois não o sinto,
Dentro desse meu recíproco ser,
Tenho um labirinto de amor em meu peito.
Mas se tratando de medo da dor,
Já não sei se quero sentir o amor,
Pois grande temor eu sinto,
Por perder coisas de raro valor.
Amamos e nada recebemos em troca,
Além do desagrado e da falta de compreensão,
Assim pergunto ao meu coração,
Se não se morre de amor, porque assim o sinto?
Querendo amar de verdade,
Encontrar um lugar em mim de calmaria,
Pra desencaixotar toda essa bagagem,
Que a tanto não o faço.
Sempre buscando minha verdade,
Penso que inúmeras vezes me faltou capacidade,
Para saber quem sou,
Para que eu o poça ser.
Sei que de amor não se morre,
E que a dor depois torna-se saudade,
Saudade do que passou,
No meio tempo no qual descubro quem realmente sou.
Tatiane Nunes Freire