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Medita

 
Medita! Agora pensa e volta a meditar. Não medites somente com a respiração; medita, acima de tudo, com o coração. Será possível? Aquilo que eu sei que tu não sabes é que o melhor acto de meditar é a consciencialização do próprio Eu.
Pára, observa e sente. Depois senta-te e deixa de sentir. Põe de lado as adversidades, a dor, a beleza e até mesmo as coisas boas. Despega-te do inútil, do vazio, do vago. Despega-te da felicidade que pensas possuir. Livra-te, solta-te e raciocina comigo de forma consciente e prática.
Analisa o que és, o que foste e o que desejas ser. Canaliza as tuas forças para o horizonte da luz e acolhe em ti a energia que te sacia. Sei que a vais encontrar nas paredes que tiverem a cor que te ilumina, nos olhares que vierem por bem e depois naquelas coisinhas que tu nem sonhas: nas pedras, no orvalho, na chuva, no sol e no caminhar. Sempre que caminhares encontrarás vitalidade e essa mesma força traduzir-se-á num método mais ou menos fugaz mas resultante.
O caminho funciona como uma semente. Não é uma semente qualquer. É uma daquelas que germina com pouca água e que, posteriormente, cresce com muita facilidade. Funciona como ambivalência: por um lado floresce e, por outro, sacia. Floresce no coração humano; sacia a dor e devolve a certeza.
Falando em certeza…onde pára? Sei que não sabes dela, mas está em ti e somente em ti. Está dentro de ti e podes ir buscá-la quando te sentires comodamente. A certeza está sempre no nosso interior e quando pensamos que se está a transformar em dúvida é quando se torna mais forte, mais capaz, mais obediente, mais prática.
Medita e segue. Segue o olhar e a luz. Segue a vida. Segue somente.
Medita e abrange o infinito, abraça o desterro do passado e cresce com a paz.
Medita e consegue o desconhecido para que envergues a exímia capacidade de “ser capaz”.
Vem e segue; vem e fica; vem e prova que és capaz.
Medita…pelo teu eu!

 
Autor
João Nuno Marcos Bap
 
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