Faz como quiseres
E volta se tiveres vontade;
Vem num silêncio em que imperes
E cantes de novo a saudade.
Loucura ou dor,
Desejo ou maldição;
Vivo com ardor
Os problemas do coração.
Pequei por gostar,
E peco por amar;
Mas sei que hei-de cantar
A vitória a transbordar.
Não quebres o encanto,
Nem magoes a esperança;
Desaparece sem espanto
E não deixes a lembrança.
No planalto dos encantos,
Na travessura da fortaleza,
Eu sei que os teus espantos
Serão sempre a minha incerteza.
Não quero mais abraços,
Nem palavras de mel firme;
Quero somente compassos
Que dancem o meu timbre.
Se vens por bem, entra. Fica.
Se queres magoar, sai. Vai
Deixa somente a luz
Que por Ti me conduz.