Amando o temporal percebo às vezes
Que a insânia toma conta do cenário
Aonde se pensasse temerário
Delírio que procuro há tantos meses
Os sonhos simplesmente como reses
Perseguem cada templo temporário
E bebo deste gozo raro e vário
Sem ter a gentileza dos ingleses,
A louca se transtorna e toma tudo,
E quando solitária inda me iludo
Com velhos e diversos bibelôs
Amores se transformam; beduínos
E os beijos escondidos dos meninos
Agora em andarilhos camelôs.
De Praia para o mundo lusófono
VALMAR LOUMANN