Luso-Poemas
 
Poemas : 

MARGEM

 
A margem
não o faz ser,
não o detém
quando em cascata se joga
cego e desfeito
num pranto insatisfeito,
no ímpeto de querer.
A margem
não o sustem
quando no mar poente
saudades da nascente
derrama e afoga.

Mas é em seu leito,
após cada dilúvio,
que encontra refúgio
e o pleno sentido
do labirinto percorrido,
quando se demora
no abraço quente,
terno e silente,
que antes, como agora,
sempre existiu
entre margem e rio.

 
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LaRoche
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Enviado por Tópico
Massari
Publicado: 26/02/2010 02:15  Atualizado: 26/02/2010 02:15
Colaborador
Usuário desde: 07/12/2009
Localidade: Sertãozinho/SP
Mensagens: 1089
 Re: MARGEM
poema com rimas sutis e bem cadenciado
gostei
abraços


Enviado por Tópico
VónyFerreira
Publicado: 26/02/2010 14:17  Atualizado: 26/02/2010 14:17
Membro de honra
Usuário desde: 14/05/2008
Localidade: Leiria
Mensagens: 10301
 Re: MARGEM
Para além da cadência das palavras
a certeza me fica de que quem as escreve, as sabe
moldar convenientemente.
Vóny Ferreira


Enviado por Tópico
ÔNIX
Publicado: 26/02/2010 20:39  Atualizado: 26/02/2010 20:50
Membro de honra
Usuário desde: 08/09/2009
Localidade: Lisboa
Mensagens: 2683
 Re: MARGEM
Margens que se detêm perante tanta serenidade e ternura. Há uma nascente que aguarda sempre pela afluente morna


Um gosto e um prazer lê-la


beijo


Matilde D'ônix

Enviado por Tópico
LaRoche
Publicado: 27/02/2010 01:38  Atualizado: 27/02/2010 01:38
Colaborador
Usuário desde: 26/02/2010
Localidade:
Mensagens: 706
 Re: MARGEM
Agradeço a simpatia e os comentários de apreço.

Enviado por Tópico
Henricabilio
Publicado: 27/02/2010 12:16  Atualizado: 27/02/2010 12:16
Colaborador
Usuário desde: 02/04/2009
Localidade: Caldas da Rainha - Portugal
Mensagens: 6963
 Re: MARGEM
Depois da tempestade
há-de
vir
a bonança
e com ela a esperança
de voltar a sorrir.

Um abraçooo de Boas Vindas
Abilio

Enviado por Tópico
Sterea
Publicado: 04/03/2010 20:44  Atualizado: 04/03/2010 20:44
Membro de honra
Usuário desde: 20/05/2008
Localidade: Porto
Mensagens: 2999
 Re: MARGEM
A palavra
não faz o poema.
O poema faz-se
no abraço invisível,
subtil,
entre o poeta e a gente.

Beijo.

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