(Ano 2008, Painel em caneta de prata e ouro e cristais sobre tela acrílica preta, 90x90 cm, Colecção Particular)
E dão-me mensagens cercadas por círculos de luz. Construções em pedra lembram paraísos que gritam por antiguidade. Dentro de um círculo de fogo protejo-me de mim mesmo, agora que as chuvas voltaram e os céus infinitos de cinzento se inundaram. As minhas palavras pertencem às areias e as minhas letras são estrelas que se lançam do infinito espaço. Visitam-me os mortos que voltaram dos mundos esquecidos e consomem meu sangue. Oro aos céus para que minha mãe perdoem por à luz me ter dado e por pela primeira vez a vida ter soprado em mim. Oro aos céus para que meu pai perdoem por ter sua vida na minha misturado e pela última vez a morte ter soprado em mim.