Você venceu, reconheço, derrotou-me
estou aos seus pés, eis meu coração aberto
entre e dance sua indiferença sobre ele
chacoalhe meus sentimentos, insulte-me
Que minhas lágrimas lavem seu sorriso,
a dor que me arde a alma, seu bálsamo,
dessa tristeza alimente sua intolerância
e da desilusão que me invade faça troça
Restou-me o que desse relacionamento?
Nuvens sombrias a rodear-me amiúde,
um olhar de melancolia voltado ao nada
meros fragmentos de lembranças mortas
Eia, vencedora, pisoteie essa velha paixão
esmigalhe o amor que de você fez rainha
machuque as flores perfumadas que lhe dei
arranque do meu ser o grande amor devotado
Depois, quando sair desse coração aberto,
saciada sua sede dos despojos, bata a porta,
mas faça-o com firmeza para que nunca,
nunca mais se abra para outro amor assim
Gilbamar de Oliveira Bezerra