Chuva molhada
Esquisita manhã cinzenta
Que se adivinhava desde a madrugada
Mais um dia que não se aguenta
Pois a chuva é molhada
São as lágrimas do tempo?
Ou o suor da vida?
Olho a chuva a cair muito atento
Com a postura mantida
Ouvia o canto das suas pingas
Gota a gota murmurava
Deslizando por entre as vigas
Do telhado que não vedava
Em excesso devasta
Criando situações que até dói
Cria forças, tudo arrasta
Por onde passa, tudo destrói.