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VIVER NO NADA

 
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Quando passo nas ruas da cidade
Vejo essas crianças perdidas
Muito longe da felicidade
E muito mais longe da vida.

Vagueiam de esquina em esquina
Onde não existe a moral
Vão sofrendo a sua sina
Vitimas de um destino brutal

Crianças que vivem no nada
Que viajam no vazio,
Numa longa caminhada
Nesta terra incendiada
Onde o calor nos dá frio.
Trocam o corpo por dinheiro
Para poderem viver
Não é vida com braseiro
Mas sofrimento traiçoeiro
Que jamais poderão esquecer.

Para eles , os dias são sem Sol.
As noites nunca têm Luar.
O futuro é mar sem farol,
É tudo escuro no seu olhar.

Esses lobos, que na noite rodam
E que as exploram com desdém
Decerto não se recordam
Que foram crianças também.

A. da fonseca



SOU COMO SOU E NÃO COMO OS OUTROS QUEIRAM QUE EU SEJA

Sociedade Portuguesa de Autores a Lisboa
AUTOR Nº 16430
http://sacavempoesia.blogspot.com em português
http://monplaisiramoi.eklablog.com. contos para as crianças de 3 à 103 ans
http://a...

 
Autor
Alberto da fonseca
 
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Enviado por Tópico
visitante
Publicado: 24/02/2010 23:11  Atualizado: 24/02/2010 23:11
 Re: VIVER NO NADA
Querido Alberto,
Que tristeza não?
Aqui no Brasil estamos (pasme!) ascostumados a ver essa cena que vc tão bem descreve, num desfecho sem igual.

Carinho,
Má.


Enviado por Tópico
visitante
Publicado: 25/02/2010 10:35  Atualizado: 25/02/2010 10:35
 Re: VIVER NO NADA
Gostei muito deste poema social, caro Alberto. Escrito pelos olhos de quem tem a sabedoria da vida. Infelizmente o Sol só nasceu para uma minoria, cuja riqueza é o seu Eu.

Beijo azul